Como a Alemanha está enfrentando a crise do coronavírus

22/04/2020 às 16:49
por Redação

Atualizado 29/04/2020 às 16:32

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Visão de uma moradora da Alemanha sobre os efeitos da pandemia dentro do país.

O novo coronavírus (COVID-19) caiu como uma bomba no mundo todo. Muito se fala sobre o vírus e as opiniões de especialistas não são unânimes. Quanto mais notícias são divulgadas, maior é o medo. A pandemia já atingiu quase todos os países do planeta. Cada país vem desenvolvendo as suas estratégias de combate ao vírus: isolamento social, fechamento de fronteiras, fechamentos de escolas e negócios, entre outras medidas.

 

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Dentre os países que veem se destacando no combate a crise está a Alemanha, por isso vou contar um pouquinho como está sendo a crise vista de dentro do país, como moradora.

Até o dia 20 de abril a Alemanha apresentava os seguintes números:
- Infectados: 147.065 pessoas;
- Mortos: 4.862 pessoas;
- Curados: 95.200 pessoas.

Os números são altos em número de infectados - a Alemanha é o quarto país do mundo - e acreditam que é devido ao fato de ser um hub de viajantes na Europa e também pela proximidade com a Itália. Felizmente, cai para a posição 9 no número de mortos.

 

A cronologia da doença dentro da Alemanha

7 de janeiro: começou a notícia de que havia uma "nova gripe" na China.

11 de janeiro: primeiro falecimento pela "nova gripe" em Wuhan. Por azar, exatamente quando meu marido chegava em Wuhan para uma viagem de negócios pela China. Ele tomou as devidas medidas de precaução, mas mesmo assim foi uma viagem que nos deixou apreensivos.

23 de janeiro: meu marido retorna da China, mas por Peking. Wuhan já está fechada.

24 de janeiro: primeiros casos do coronavírus na Europa. Meu marido, por precaução, faz o teste. Felizmente, deu negativo, mas mesmo assim ele ficou trabalhando de home office por 14 dias.

28 de janeiro: primeiro caso na Alemanha - contágio em uma empresa por um visitante da China. Em seguida, a maioria das empresas cancelam viagens para a Ásia e a também a vinda de visitantes da Ásia. Na decorrência apareceram novos casos e todos ficaram em quarentena no hospital, sendo todas as pessoas de contato direto testadas para a COVID-19.

29 de janeiro: começam os cancelamentos de voos para a China e o controle nos aeroportos é intensificado.

1.º de fevereiro: como Wuhan está fechada, um avião do exército alemão viaja para resgatar mais de 100 alemães que estão na cidade. Na chegada à Alemanha, todos ficam por 15 dias em quarentena em uma base do exército. Aumentam o número de casos, o rastreamento de todas as pessoas contaminadas fica muito difícil e mais testes são realizados.

25 de fevereiro: aumento significativo de casos. As pessoas contagiadas e suas famílias ficam em quarentena domiciliar e não mais no hospital. A polícia controla a infração das normas, podendo ter até 2 anos de prisão. Primeiros eventos sendo cancelados devido à doença. Começam os rumores de que estabelecimentos serão fechados e a corrida pelo papel higiênico. Sim, isso aconteceu aqui também - um fenômeno mundial.

9 de março: primeiros falecimentos pela COVID-19 na Alemanha;

10 de março: todos os eventos com mais de 1.000 participantes cancelados.

 

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Fonte: Falando de Viagem