Tempo seco favorece queimadas no Centro-Oeste

A Região Centro-Oeste do Brasil está passando por um um grande período de seca, e por enquanto não há expectativa de grandes mudanças para reverter essa situação.

Ao longo dos próximos dias, com o avanço de uma frente fria, a umidade até fica mais elevada no sul de Mato Grosso do Sul. A tendência é de um pouco de chuva, mas ainda com acumulados muito baixos. A chuva tende a se espalhar um pouco mais sobre o estado, a partir do próximo domingo, 16 de agosto, por causa de uma nova frente fria mais forte que vai avançar pelo Brasil. Até lá, o sol ainda predomina no estado, faz bastante sol e calor, e a umidade relativa do ar continua baixa. Na quarta-feira índices abaixo dos 20% devem ser registrados.

Os estados de Mato Grosso e Goiás, e também o DF, seguem ainda com tempo extremamente seco e quente. A umidade relativa do ar continua muito baixa também, com valores que devem ficar abaixo dos 20% nas horas mais quentes da tarde. A situação é de alerta!!

Calor intenso

As temperaturas seguem muito altas nesta semana,  com máximas acima dos 30°C por várias cidades do Centro-Oeste do Brasil. Cuiabá lidera o ranking das capitais mais quentes da semana no Brasil. A cidade deve ter máximas em torno dos 39°C, e até o fim da semana a máxima chega aos 40°C.

Esse tempo seco e quente ajuda a deixar a vegetação ressecada, e com isso os focos de incêndio aumentam com mais facilidade. Este período do ano já costuma ser marcado por essas características, mas a situação é bem preocupante, principalmente nas áreas do Pantanal. 

Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais(INPE), só no ano de 2020, o estado de Mato Grosso já registrou 11.770 focos de fogo. Sendo que só nesse mês de agosto, em apenas 10 dias foram 2594 focos.

Agricultura

A engenheira agrônoma da Climatempo, Tatiane Cravo, alerta que, com a umidade relativa do ar baixa, os produtores devem ficar se manter atentos ainda nos próximos dias por causa das queimadas. É importante ficar alerta, principalmente, aos fardos de algodão que ainda estão em campo.