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O nevoeiro marítimo pode voltar a se formar nesta quinta-feira, 19 de agosto, na faixa litorânea entre Florianópolis (SC) e Santos (SP). O nevoeiro causa grande redução da visibilidade horizontal pondo em risco a segurança das atividades no mar e também em terra.
A imagem captada pelo satélite GOES 16 em 18/8/2021, às 8h10 (Brasília), mostra a grande área coberta por nevoeiro no litoral de São Paulo, do Paraná e de Santa Catarina.
Camada de nevoeiro entre o litoral de SP e de SC no começo da manhã de 18/8/2021
Nevoeiro em Santos (SP)
Foi um denso nevoeiro marítimo que encobriu a Baixada Santista, no litoral de São Paulo, na manhã desta quarta-feira, 18. A base aérea do Guarujá registrou uma grande redução de visibilidade, que chegou a apenas 250 metros, às 8 horas da manhã, o que impediu as operações no aeroporto. Por lá, o nevoeiro se dissipou só por volta das 10 horas, mesmo assim o restante do dia foi com muita névoa. A melhor visibilidade chegou aos 7000 metros, mas no fim da tarde/ começo da noite, houve uma brusca queda da visibilidade novamente, que baixou para 2500 metros
Situação pré-frontal
Na sexta-feira, 20 de agosto, a região da Baixada Santista, e todo o litoral de São Paulo, entra em uma condição de aquecimento pré-frontal. O vento de noroeste se intensifica movimentando o ar, causando a mistura das camadas de ar. Isto é desfavorável a formação do nevoeiro, porém há possibilidade de névoa fraca no início do dia.
O litoral do Paraná e de Santa Catarina ainda podem ter nevoeiro marítimo na sexta-feira.
Nevoeiro
O nevoeiro é um fenômeno meteorológico de difícil previsibilidade porque pode ocorrer em qualquer lugar, em qualquer época do ano, de dia ou de noite. Nevoeiro é a condensação da umidade perto da superfície e pode ocorrer tanto sobre o continente, sobre diferentes tipos de solo, e também sobre superfícies aquosas, como lagos, rios e o mar.
Foto: Maricá (RJ), por Lira Silva - nevoeiro sobre o mar
Nevoeiro marítimo
A formação do nevoeiro marítimo no litoral paulista aconteceu porque houve um grande aquecimento sobre o continente e esse ar quente avançou sobre o mar, que estava com temperatura menor do que a do ar. A camada de umidade que estava sobre o mar (mais frio que o ar) condensou formando a neblina. O ar quente que veio do continente formou uma espécie de "tampa" que segurou a neblina.
Além do contraste térmico, o vento fraco da madrugada ajudou na formação do nevoeiro. Quando está ventando, as camadas de ar se misturam facilmente e não ocorre esse aprisionamento.
