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Ciclone subtropical tende a se formar na costa do Sudeste

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Fonte: IStock

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Foto: iStock

 

Um sistema de baixa pressão atmosférica na costa do Sudeste e a circulação de ventos em vários níveis da atmosfera vão favorecer a formação de nuvens muito carregadas nos próximos dias na Região.

 

Trata-se de uma forte área de baixa pressão atmosférica que se alimenta das águas quentes do oceano. É preocupante devido ao elevado potencial para causar rajadas de vento de moderada a forte intensidade, especialmente na costa capixaba.

 

Entre a noite deste domingo (31) e no decorrer da segunda-feira (01) a área de baixa pressão se desenvolve e já pode provocar fortes pancadas de chuva no sul e leste de Minas, Zona da Mata Mineira e Grande Belo Horizonte e também sobre o estado do Rio De Janeiro. Há risco de chuva volumosa, raios, rajadas de vento entre 50 km/h e 70 km/h e também ocorrência de temporais.

 

Novo ciclone subtropical

Na terça-feira, 2 de novembro, a baixa pressão atmosférica dará origem a um novo ciclone subtropical que vai manter o tempo bastante carregado principalmente em Minas Gerais, Espírito Santo e Bahia. Goiás, Distrito Federal e Tocantins também serão marcados por temporais ao longo da semana. Há risco para alagamentos e até deslizamentos nestas áreas. Além da chuva forte, há condições para raios e intensas rajadas de vento.

 

Entre quarta(03) e quinta-feira(04), o ciclone faz a transição e vira um ciclone extratropical.

 

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Fonte: Windy

 

Mar agitado e ressaca

Na terça-feira(02) o mar fica agitado na costa do Rio De Janeiro, com ondas entre 1,5 e 2,0m. Na quarta(03) a expectativa é de agitação marítima no litoral norte do Rio de Janeiro e no Espírito Santo, com ondas de 1,5 a 2,0m.

 

Há risco de ressaca em alguns pontos destas regiões, mas por enquanto, a ondulação não está tão favorável para ser generalizada.

 

 

Você sabe a diferença entre os tipos de ciclone?

A principal diferença, para previsão do tempo, entre estes dois tipos, é que o ciclone extratropical possui regiões de frente fria e frente quente, causando padrões de tempo distintos nessas duas regiões. Os ciclones subtropical e tropical não têm frente fria associada.

 

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Imagem — Associação do ciclone com a frente fria

 

Nas imagens de satélite, os ciclones subtropicais e tropicais aparecem como uma massa de nuvens em formato arredondado. Os ciclones extratropicais aparentam ser uma espiral. Os tropicais têm uma forma aparente ainda mais arredondada do que um ciclone subtropical.


A temperatura do interior define a categoria do ciclone


Uma das diferenças mais importantes entre os ciclones tropicais, subtropicais e extratropicais é a temperatura no seu centro. Próximo da superfície, o centro dos ciclones extratropicais é mais frio do que atmosfera ao redor, enquanto o centro dos ciclones subtropicais é mais quente do que a atmosfera ao redor. Isso deixa a atmosfera mais instável e aumenta as condições para ocorrência de tempestades severas.

 

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Imagem — Estrutura da temperatura

 

 

Porque os ciclones tropicais e subtropicais são raros no Brasil, no Atlântico Sul?


Ciclones subtropicais e tropicais precisam de três ingredientes básicos para a sua formação: alta temperatura da superfície do mar, muita umidade próximo da superfície, e um ciclone frio ocorrendo também nos médios níveis da atmosfera (em cerca de 5 km de altura).

 

Não é sempre que a temperatura da superfície do mar está suficientemente alta, não é sempre que existe umidade suficiente na região e não é sempre que um ciclone frio ocorre a 5 km de altura. Então, a ocorrência desses 3 fatores, ao mesmo tempo, e em posições favoráveis, não é muito comum. Por isso estes sistemas são raros.

 

Já os ciclones extratropicais, por outro lado, são bem comuns porque seus ingredientes fundamentais: variação de temperatura na horizontal perto da superfície e frentes frias ocorrem constantemente na atmosfera.

 

 

Veja também: Nível operacional do Cantareira é o menor desde Março de 2016

 

 

 

 

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