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Litoral de SP ainda tem chuva no fim de semana

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A chuva causou grandes estragos na Rio-Santos na região de Ubatuba. As fotos abaixo evidenciam os transtornos e foram divulgadas pela Defesa Civil de Ubatuba. Um trecho da rodovia está completamente interditado e sem previsão de retorno à normalidade. a chuva muito volumosa também trouxe problema para o abastecimento de água e de energia para a região e deixou mais de uma dezena de famílias desalojadas. Uma barreira caiu sobre um posto policial causando grande destruição.

 

Os acumulados de 48 horas variavam de 200 a quase 380 mm, até 22horas de 1/4/2022: Pela medição do Cemaden, entre aproximadamente 22h do dia 30/3 e 22h de 1/4 choveu 362 mm em Ubatuba/Itamambuca e 374 mm em Ubatuba/Poruba. Isto significa que choveu 1 mês de março em 48 horas ou o volume médio de chuva de 1 abril e meio. A média de chuva para março é de 321 mm e para abril de 238 mm

 

Os volumes acumulados entre 3 horas do dia 31/3 e 3 horas deste sábado, 2/4, variavam de 200 mm a quase 407 mm na região de Ubatuba. A região de Boiçucanga (São Sebastião) acumulava 236,1 mm, em Santos/Sítio das Neves, o total de chuva neste período foi de 211,6 mm

 

A chuva ainda é frequente e volumosa neste sábado, mas a tendência é de diminuição no domingo, que já terá períodos com sol. A frente fria que detonou o início da chuva intensa se afasta do litoral do Rio De Janeiro durante o fim de semana.

Fique atento às previsões ao longo da semana que vem, pois uma nova frente fria deve chegar ao litoral de São Paulo na quarta-feira, 6 de abril.

 

 

Foto: Defesa Civil de Ubatuba/Divulgação

 

 

Foto: Defesa Civil de Ubatuba/Divulgação

 

Os grandes volumes de chuva registrados na virada de março para abril de 2022 sobre o centro-sul do estado do Rio de Janeiro e sobre o litoral de São Paulo, especialmente sobre o litoral norte paulista, estão relacionados com a passagem de uma forte frente fria pelo litoral de São Paulo e do Rio de Janeiro, que ativou a circulação marítima.

 

O vento mais intenso soprando do mar para o continente injetou grande dose de umidade nas áreas costeiras, mas que ficou represada pelo relevo, causando a chuva volumosa por várias horas consecutivas. Um bolsão de água quente na costa da Região Sudeste, com temperatura acima da média, estimula a evaporação da água do mar disponibilizando mais umidade para formar e manter as nuvens de chuva.


Esta combinação de fatores já foi observada várias vezes na região do estado do Rio de Janeiro e do litoral de São Paulo.

 

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