Últimas buscas

Você não tem nenhuma busca recente.
    1. Clima e Previsão do Tempo
    2. / Notícias
    3. / Banco Central dos EUA aumenta taxa de juros pela quarta vez

    Últimas buscas

    Você não tem nenhuma busca recente.
    Ícone de alerta
    Alerta anterior Próximo alerta Fechar alerta

    Banco Central dos EUA aumenta taxa de juros pela quarta vez

    Compartilhar Compartilhe no Whatsapp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter

    6 min de leitura

    Oferecido por

    Alta de 0,75 ponto percentual é uma tentativa de desacelerar a maior inflação no país em 40 anos e, ao mesmo tempo, não empurrar a maior economia do mundo para a recessão

     

    O Banco Central Americano (Fed) anunciou nesta quarta-feira (27/07) a quarta alta consecutiva da sua taxa básica de juros, em 0,75 ponto percentual, na tentativa de conter a maior inflação dos EUA em 40 anos.

     

    Há dois anos, para enfrentar a pandemia de covid-19, o Fed praticamente zerou suas taxas para incentivar o consumo e o investimento. Agora, o objetivo é o oposto: esfriar um pouco a economia para mitigar as pressões inflacionárias.

     

    "A inflação continua elevada, refletindo desequilíbrios de oferta e demanda relacionados à pandemia, preços mais altos de alimentos e energia e pressões de preços mais amplas", disse o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) ao elevar a taxa referencial a um intervalo entre 2,25% e 2,50%, em decisão unânime dos 12 membros com direito a voto. Foi a primeira vez desde 2013 que todos os membros do órgão estiveram reunidos.

     

    O Fomc acrescentou que segue "altamente atento" aos riscos de inflação. Mas, embora a geração de empregos tenha permanecido "robusta", as autoridades observaram no novo comunicado de política monetária que "os indicadores recentes de gastos e produção abrandaram", um aceno para o fato de que o ciclo agressivo de aumentos dos juros que têm colocado em prática desde março está começando a pesar.

     

    Depois de uma alta de 0,75 ponto percentual no mês passado e movimentos menores em maio e março, o Fed elevou a taxa básica em um total de 2,25 pontos neste ano.

     

    A taxa de juros está agora no nível que a maioria das autoridades considera ter um impacto econômico neutro, marcando o fim dos esforços da era da pandemia para incentivar os gastos das famílias e das empresas.

     

    O comunicado deu pouca orientação explícita sobre quais passos o Fed pode tomar em seguida, decisão que dependerá dos próximos números econômicos mostrarem ou não que a inflação começou a desacelerar.

     

    Com os dados mais recentes mostrando que os preços ao consumidor subiram a uma taxa anual de mais de 9%, investidores esperam que o banco central dos EUA eleve a taxa básica de juros em pelo menos 0,50 ponto percentual em sua reunião de setembro.

     

    "Aterrissagem suave"
    O presidente do Fed, Jerome Powell, e outros funcionários da instituição deixaram claro que estão dispostos a arriscar uma recessão e continuarão a aumentar as taxas de juros até verem evidências de que a inflação está convergindo para a meta de 2% ao ano, uma faixa considerada saudável para a economia.

     

    Economistas dizem que este tem sido o ciclo de aperto mais agressivo do Fed desde a década de 1980, quando a estagflação - a estagnação da economia com inflação de preços e salários em alta - prejudicou a economia dos EUA.

     

    O desafio do Fed é conter a inflação antes que ela siga por um caminho perigoso. Embora os preços dos imóveis tenham atingido novos recordes, há sinais de que a taxa de aumento começou a moderar.

    Os preços mundiais do petróleo também estão em moderação. E o preço da gasolina nas bombas americanas caiu 69 centavos de um recorde de pouco mais de 5 dólares o galão (3,78 litros) em meados de junho.

     

    Enquanto isso, o mercado de trabalho continua forte, a demanda do consumidor não caiu acentuadamente e as pesquisas mostram que as expectativas de inflação para os próximos meses começaram a cair.

     

    Os formuladores de política monetária querem uma "aterrissagem suave" que reduza a inflação sem desencadear uma recessão, mas os economistas alertam que o caminho para alcançá-lo está se estreitando e que seria fácil exagerar se os ajustes das taxas de juros fossem muito agressivos.

    O Fed busca um equilíbrio delicado na tentativa de conter a inflação e, ao mesmo tempo, não empurrar a maior economia do mundo para a recessão.

     

    Para Powell, a economia americana pode evitar esse cenário recessivo, moderando a inflação e "mantendo um mercado de trabalho sólido".

     

    Na semana passada, o Banco Central Europeu (BCE) aumentou a taxa básica de juros pela primeira vez em 11 anos, elevando o patamar em meio ponto percentual, de -0,5% para 0%. Desde meados de junho de 2014, a taxa estava em patamar negativo.

     

    Este conteúdo é uma obra originalmente publicada pela agência alemã DW. A opinião exposta pela publicação não reflete ou representa a opinião deste portal ou de seus colaboradores. Logo Deutsche Welle Deutsche Welle

    Notícias Recomendadas

    X

    + mais notícias