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O fenômeno La Niña é conhecido por contribuir para a diminuição da distribuição das chuvas durante a primavera e no início do verão sobre a região Sul do Brasil, em parte do estado do Mato Grosso do Sul e também em São Paulo, devido à sua irregularidade temporal e espacial. Ao mesmo tempo, observa-se uma maior frequência de frentes frias avançando sobre a faixa leste do Sul e do Sudeste brasileiro, ajudando na diminuição das médias de temperatura destas Regiões.
Figura 1: Anomalia média mensal de temperatura da superfície do mar (TSM).
O mapa da figura 1 acima representa as anomalias da Temperatura da Superfície do Mar (TSM). A parte destacada em azul indica que as águas da porção Equatorial do Oceano Pacífico continuam com anomalias negativas, caracterizando um episódio de La Niña.
Em seguida, o gráfico abaixo da figura 2, indica uma probabilidade de 90% do fenômeno La Niña continuar atuando até o próximo verão, no trimestre móvel de DJF (dezembro, janeiro e fevereiro) e JFM (janeiro, fevereiro e março). Mostrando também uma neutralidade para o próximo outono.
Figura 2: Previsão probabilística dos ENOS.
Tendência para dezembro no Brasil
No decorrer do mês de dezembro, a chuva segue de forma irregular na Região Sul. Os volumes ficam abaixo da média em praticamente todo o estado do Rio Grande do Sul, no oeste de Santa Catarina e também no sudoeste do Paraná. Já para a Região Sudeste, a previsão é de chuva acima da média Climatológica. Os maiores acumulados de precipitação são esperados para o litoral de São Paulo, o norte e o leste de Minas Gerais, o norte e o litoral do Rio De Janeiro e o Espírito Santo.
Com a formação dos canais de umidade favorecendo a ocorrência de chuva, a Região Centro-Oeste permanece acima da média de precipitação no centro-norte do Mato Grosso e Goiás, incluindo o Distrito Federal. No Nordeste brasileiro, a chuva fica acima da média em grande parte da Bahia, no sul do Maranhão, no sul do Piauí, no interior de Pernambuco e também da Paraíba.
Devido ao posicionamento da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) e dos corredores de umidade influenciando o Norte do país, a maior parte da Região terá acumulados de chuva próximos da média ou acima, além do tempo abafado por todo o mês de dezembro.