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Eventos Extremos e os Impactos nas Rodovias

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Os eventos climáticos extremos não impactam apenas um setor ou outro e sim toda a sociedade e cadeia econômica de forma direta e a cada ano aumenta a necessidade de avaliações e estudos acerca dos riscos desses eventos para a sociedade e também para o setor de transportes e logística, onde os fenômenos levam a prejuízos econômicos e ambientais.

 

Segundo um estudo da Oxfam, as mudanças causadas pelo Clima trarão prejuízos na economia do mundo mais do que a Covid-19. A economia de países ricos pode encolher até duas vezes mais do que na crise causada pela pandemia em caso dos governos não conseguirem atingir as metas de redução de emissão de gases de efeito estufa e isso é realmente preocupante.

Diversos problemas no setor rodoviário são causados pelos eventos extremos, entre eles podemos citar a diminuição da vida útil do pavimento, sobrecarga nos sistemas de drenagem que causam inundações e é claro os deslizamentos, que geram bloqueios e até mesmo colapso das vias com impactos na infraestrutura.

 

As fortes precipitações típicas do período chuvoso em que estamos, quando ocorrem em regiões de declive por exemplo, começam a encharcar e infiltrar no solo que acaba perdendo sua estabilidade, dessa forma é comum a incidência de deslizamentos como os noticiados nas últimas semanas.

Esses deslizamentos são um problema grave para as rodovias, uma vez que é necessário todo um deslocamento de equipes de resgate e de apoio para que o fluxo não seja interrompido por muito tempo e também para que não ocorram fatalidades, mas geralmente não há tempo hábil e condições climáticas favoráveis para tomar ações rápidas e presenciamos desastres ano após ano com as fortes chuvas.

 

Pesquisadores de Stanford mostraram que abordagens comuns de previsão da probabilidade de ocorrer algum evento extremo, baseadas na frequência de anos anteriores, podem levar a uma subestimação com consequências que chegam até a ser fatais para a população atingida. 

Por muito tempo, o histórico de dados climáticos era utilizado para calcular a probabilidade de eventos extremos, mas o aquecimento global fez com que muitos fenômenos se tornassem mais frequentes e intensos. Dessa forma, a necessidade de estudos aprofundados nessa área é cada vez maior, unindo novas técnicas que incorporam observações históricas e modelos climáticos para criar ferramentas de gerenciamento de risco mais precisas.

 

Os impactos das mudanças climáticas vão muito além de danos em infraestrutura ou no meio ambiente, elas podem gerar consequências até mesmo na segurança alimentar de todo o mundo, não só por prejudicar a produção agrícola, mas também por interromper o transporte de cargas alimentícias.

 

O Brasil tem uma posição de destaque no abastecimento de commodities para o mundo. Os portos de Santos, Paranaguá, Rio Grande e São Francisco do Sul representam um quarto das exportações globais de soja. Infelizmente, muitas das rodovias utilizadas para conectar o interior do país ao litoral estão em más condições, sendo que muitos trechos não são pavimentados. 

 

Diversas variáveis climáticas interferem na operação rodoviária, entre elas temos as chuvas, velocidade do vento, temperatura e umidade. O monitoramento destas é crucial no planejamento e controle do funcionamento das vias, nesse caso, utilizar uma estação meteorológica local pode ser de grande ajuda. 

 

Além disso, pontes ou locais propensos a alagamentos ou deslizamentos em períodos chuvosos poderiam ser monitorados para que o deslocamento de veículos de auxílio seja o mais eficiente possível em casos de eventos extremos.

 

Na nossa realidade atual com os problemas ligados às mudanças climáticas, é cada vez mais indispensável o uso de novas tecnologias e ferramentas para monitorar, prevenir e mitigar os impactos causados pelos fenômenos climáticos, seja apenas no auxílio das atividades diárias das rodovias ou até mesmo para colocar novos projetos em prática e nas tomadas de decisões em casos de desastres naturais.

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