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Destaques da ciência, inovação e saúde em 2022

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8 min de leitura

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O ano de 2022 foi excelente para a ciência, desde missões espaciais históricas até descobertas arqueológicas.

 

 

Foto: NASA-Newscom-picture alliance

 

Janeiro


O ano de 2022 começou bem, com o mundo acompanhando a chegada do Telescópio Espacial James Webb (JWST) em seu destino final, a 1,5 milhão de quilômetros da Terra. Em seguida, pudemos ver o universo como nunca antes.

Janeiro também trouxe a melhor evidência até agora de que o vírus Epstein-Barr comum é a principal causa da Esclerose Múltipla (EM).

 

E pela primeira vez, uma pessoa recebeu um coração geneticamente modificado de um porco. A esperança é que, no futuro, mais pessoas possam receber transplantes de órgãos, mesmo na falta de órgãos humanos. Nessa primeira tentativa, porém, o paciente morreu dois meses depois.

 

Fevereiro


Em fevereiro, foi anunciado que a Estação Espacial Internacional (ISS), um marco na cooperação espacial, paz e pesquisa, irá se aposentar em 2031 e, quando retornar à Terra, deverá descansar no fundo do Oceano Pacífico.

 

Março


Março se tornou um mês importante para a conscientização sobre a afasia com um anúncio de Bruce Willis: diagnosticado com o distúrbio de linguagem, o ator comunicou o fim de uma carreira de décadas.

 

Também em março, um estudo estimou que o número de mortes causadas pela pandemia de covid-19 girava em torno de 18 milhões em todo o mundo. A cifra é três vezes o número relatado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

 

No mesmo mês, os restos do naufrágio do navio Endurance, do explorador Ernest Henry Shackleton, foram descobertos na Antártida e saudados como "uma das maiores conquistas da história e da ciência polares".

 

Abril


Em abril, uma pesquisa sugeriu que mutações genéticas humanas poderiam estar fortemente ligadas à probabilidade de uma pessoa desenvolver esquizofrenia. Outros 120 genes também foram identificados como relevantes.

 

Outra pesquisa explicou como a psilocibina, um composto psicodélico encontrado em cogumelos mágicos, pode ser eficaz no tratamento da depressão. Mas atenção: é importante que ninguém se "automedique”, pois o elemento psicoativo só foi testado em ambientes controlados.

 

Maio


Em maio, a equipe do Event Horizon Telescope disse ter capturado a primeira imagem de um buraco negro supermassivo no centro de nossa galáxia, a Via Láctea.

 

Após a divulgação dos resultados de um grande estudo com 500 mil participantes, também aprendemos que sete horas de sono são melhores para o desempenho cognitivo e boa saúde mental.

 

E com a humanidade ainda lutando contra a pandemia de covid-19, o mês de maio trouxe mais uma notícia viral: casos de varíola dos macacos começaram a surgir no mundo todo. Desde então, a OMS mudou o nome do vírus para Mpox.

 

Junho


Em junho, pesquisadores do Instituto Alfred Wegener, na Alemanha, previram "perdas dramáticas" da tundra siberiana em meados do milênio devido ao aquecimento global. Eles disseram ainda que a tundra pode acabar por desaparecer completamente.

 

Somando-se aos muitos eventos astronômicos incríveis deste ano, também foi um momento especial quando cinco planetas – Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno – se alinharam com uma Lua crescente.

 

Julho


Em julho, houve boas novas no mundo da física de partículas: cientistas que trabalham no maior e mais poderoso colisor do mundo, o Large Hadron Collider (LHC), anunciaram a descoberta de três novas partículas.

 

E então chegou a hora de um dos momentos científicos mais esperados de 2022: os cientistas revelaram as primeiras imagens do JWST. Elas traziam uma visão profunda do universo com detalhes sem precedentes, alem de indícios de água na forma de vapor em um planeta a 1.150 anos-luz da Terra.

 

Agosto


Em agosto, um estudo sugeriu que o consumo de leite pode não ser a razão pela qual os humanos antigos desenvolveram a capacidade de digerir a lactose quando adultos.

 

Além disso, obtivemos uma melhor compreensão da covid longa com as descobertas de um estudo com 1,2 milhão de pacientes conduzido por um período de dois anos.

 

Uma equipe de arqueólogos também entrou para a história ao anunciar ter decifrado parcialmente o sistema de escrita conhecido como "Elamita Linear", considerado ilegível por quase 120 anos.

 

Setembro


Em setembro, cientistas espaciais alcançaram algo digno de ficção científica: na primeira tentativa da humanidade de desviar a trajetória de um corpo celeste, uma espaçonave não tripulada atingiu o asteróide Dimorfo com toda força. Foi a chamada missão Dart, da Nasa, um teste para saber como poderíamos defender a Terra de eventuais impactos de asteroides no futuro.

 

Outubro


Outubro começou como sempre com os anúncios do Prêmio Nobel. Na ciência, os vencedores foram:

Svante Paabo, na área da medicina, por sua pesquisa sobre como os seres humanos evoluíram.

 

Alain Aspect, John F. Clauser e Anton Zeilinger, na física, por sua contribuição à mecânica quântica.

 

Carolyn R. Bertozzi, K. Barry Sharpless e Morten Meldal, na química, por desenvolverem uma maneira de unir moléculas.

 

Também em outubro, descobrimos que a datação de objetos arqueológicos com base no campo magnético da Terra poderia ajudar a identificar as datas de campanhas militares relatadas na Bíblia.

 

E o Dia Mundial da Pólio deste ano veio com um lembrete de que a doença estava presente em dois países e formas derivadas de vacinas foram relatadas em águas residuais do Reino Unido e dos Estados Unidos.

 

Novembro


Nossa compreensão da história humana deu um passo à frente com as descobertas de que os primeiros humanos cozinhavam alimentos já há 780 mil anos, e não apenas 170 mil anos atrás, como se pensava anteriormente.

 

Em 16 de novembro, a Artemis 1, uma missão não tripulada para a Lua, finalmente foi lançada, após inúmeras tentativas no início do ano. O objetivo do programa Artemis é levar os humanos de volta à Lua, onde deverá ser construída uma base para viajar a Marte.

 

Dezembro


Por fim, em dezembro, a Instalação Nacional de Ignição (NIF, na sigla em inglês) anunciou um avanço nas pesquisas de energia de fusão. A fusão nuclear é o que alimenta o Sol e os cientistas esperam que ela se torne parte das futuras fontes de energia sustentáveis. Mas ainda há um longo caminho a ser percorrido.

 

 

Este conteúdo é uma obra originalmente publicada pela agência alemã DW. A opinião exposta pela publicação não reflete ou representa a opinião deste portal ou de seus colaboradores. Logo Deutsche Welle Deutsche Welle

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