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Estiagem impacta turismo de base comunitária na Amazônia

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Foto: Lucas Bonny

4 min de leitura

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O Rio Negro atingiu nesta última segunda-feira, 16 de outubro, o nível mais baixo já registrado na história, superando a seca de 2010, de acordo com dados do Porto de Manaus. Os efeitos da estiagem severa são sentidos pelas comunidades no entorno da capital amazonense.

 

A foto abaixo é da Comunidade Santa Helena do Inglês, antes da estiagem extrema e a segunda foto é do momento atual:

 

FAS - Inauguração Sistema Solar Comunidade do Inglês (CamD_drone) (15.junho.2021) - DJI_00081 (ok)

Foto: Lucas Bonny

 

Foto: Lucas Bonny

 

Santa Helena do Inglês e Saracá, polos vibrantes do turismo de base comunitária na região, enfrentam dificuldade de acesso a itens básicos, como alimentos e água potável. No lugar dos típicos barcos, tratores estão sendo usados para o transporte de alimentos, em um trajeto de 20 minutos ou de quase uma hora, a pé no sol escaldante.

 

Nessas comunidades ribeirinhas, localizadas na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Rio Negro, distante aproximadamente 1h30 de Manaus, outro fator tem piorado a qualidade de vida dos moradores: a poluição por meio da fumaça dos incêndios florestais que têm aumentado nesta temporada.

 

“Acho que essa seca tá pior que a de 2010, porque tá mais difícil pra sair e chegar nas comunidades. E naquela época não tinha fumaça”, afirma Sebastião Brito, presidente comunitário da Comunidade Saracá.  

 

Pousada comunitária fecha as portas

 

Os efeitos severos da seca também são sentidos nas fontes de renda dessas comunidades, que há mais de uma década trabalham uma alternativa econômica sustentável: o turismo de base comunitária. Em Santa Helena do Inglês, a pousada Vista do Rio Negro fechou as portas para os próximos dois meses pela falta de condições de manter a logística e estrutura para receber novos turistas durante a estiagem. 

 

“A gente teve que desmarcar reservas e devolver dinheiro. Eu nunca tinha visto uma seca tão forte assim”, conta a gestora da pousada, Adriana de Siqueira. 

 

A seca do Rio Negro afeta igualmente a disponibilidade dos serviços estadual e municipal de saúde, e educação. 

 

“Os médicos não estão mais visitando as comunidades e as aulas estão suspensas”, diz Adriana.

 

Ar seco ganha força no interior do país

 

Uma massa de ar seco ganha força em boa parte do interior do país, o que favorece o aumento das temperaturas acima da média em boa parte das regiões. Em relação à chuva, o tempo segue instável no Sul e Sudeste do Brasil.

 

No estado do Amazonas, até quarta-feira (18/10), há condições de pancadas de chuva isoladas com raios e a temperatura fica mais alta  . 

 

Veja também:  Nova onde calor no interior do Brasil  

 

 

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