Ícone de alerta
Alerta anterior Próximo alerta Fechar alerta

Retrospectiva do tempo de 2017

Compartilhar Compartilhe no Whatsapp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter

Foto de Gleive Marcio Rodrigues, Palmas (TO)

5 min de leitura

Oferecido por

O ano de 2017 começou e terminou com uma situação de resfriamento anormal da água do mar na porção central-leste do oceano Pacífico Equatorial. Em fevereiro, a NOAA/ NASA anunciaram o fim do evento La Niña 2016/2017, mas em novembro de 2017, os mesmos organismos científicos afirmaram que estávamos em La Niña Advisory.

 

As mudanças na circulação de ventos sobre a América do Sul, que ocorreram com este maior resfriamento do fim do segundo semestre de 2017, foram importantes para a formação do corredor de umidade que trouxe a chuva volumosa de volta para o Sudeste e o Centro-Oeste do Brasil a partir da segunda quinzena de novembro.

Também em 2017 tivemos a formação de nuvens com rara característica "asperitas". A imagem da esquerda é na Austrália e da direita em Lagoa da Prata, Minas Gerais.

 

 

Nuvens "asperitas" fotografadas na Australia (E) 2004 e Brasil (D) 2017

 

O inverno de 2017 não pode ser considerado rigoroso, mas tivemos uma nevezinha em junho. O mais impressionante foi o super anticiclone polar de meados de julho de 2017 que trouxe uma tremenda onda de frio. Por causa desta massa polar, Chile (incluindo Santiago) e Argentina tiveram nevadas fora do comum.

 

No dia 16 de julho de 2017, a temperatura em San Carlos de Bariloche baixou para 25,4°C negativos, um recorde histórico segundo o Serviço Nacional de Meteorologia da Argentina. No Brasil, esta grande onda de frio provocou a menor temperatura no país em 2017: 8,8°C negativos no dia 19 de julho, em Bom Jardim da Serra, na parte mais elevada da serra catarinense. A medição foi do Epagri-Ciram.

 

Com a influência de um forte sinal favorável de Madden-Julian ( e não de ZCAS como falaram fora da Climatempo) tivemos um volume de chuva excepcional em outubro sobre o Sul do Brasil e também em muitas áreas de Mato Grosso do Sul. Dionísio Cerqueira, no oeste de Santa Catarina, recebeu quase 570 mm de chuva no mês e Foz do Iguaçu, 465 mm, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia.

 

Com a chuvarada caindo sobre o rio Paraná, o principal alimentador da hidrelétrica de Itaipu, a usina teve a quarta maior geração de energia em outubro em 33 anos e teve outro recorde em dezembro. Por volta do meio-dia do dia 26 de dezembro de 2017, a produção de Itaipu já era a quarta maior em todo o histórico da operação, ultrapassando os 94,7 milhões de megawatts-hora de 2008. A expectativa da Itaipu Binacional é que a usina feche o ano com uma produção acima de 96 milhões de MWh, um milhão de MWh a mais do previsto inicialmente para 2017.

 

Entraremos em 2018 com os super "olhos" do GOES - 16, que já mostrou serviço em 2017 ajudando a monitorar a temporada de furacões mais ativa desde 2005 e a sétima mais em intensa em 166 anos, desde 1851 (NOAA/NASA). Este é o satélite meteorológico mais avançado que a NOAA já desenvolveu. É como passar a ver as nuvens em full HD e a Climatempo vai mostrá-las assim brevemente! Bem-vindo GOES – 16!

 

No dia 8 de setembro de 2017 tivemos uma situação rara: 3 grandes furacões ao mesmo tempo atuando no Atlântico Norte: Katia (categoria 3), Irma (categoria 5) e Jose (categoria 4).

O furacão Maria, também de categoria 5,  destruiu Porto Rico.

 

Os incêndios no sul da Califórnia em dezembro de 2017 entraram na história dos desastres naturais dos Estados Unidos. O fogo em Thomas, na região de Ventura, durou mais de 16 dias, o mais longo já registrado no estado.

O vento de Santa Ana soprou mais forte do que o normal em 2017 e foi um dos fatores importantes para que os incêndios aumentassem de proporções.

 

 

Foto de Gleive Marcio Rodrigues, Palmas (TO)

 

Um dado preocupante: o planeta Terra aqueceu um pouco mais em 2017. O relatório sobre o estado do clima global divulgado em novembro pela Organização Meteorológica Mundial (WMO, na sigla em inglês) revelou que 2017 disputa com 2015 o posto de segundo ano mais quente já observado desde a era industrial. O ano de 2016 provavelmente continuará sendo o ano mais quente já registrado por conta do forte El Niño que ocorreu na época. Porém, o período de 2013 a 2017 está sendo considerado o período de cinco anos mais quente já registrado.

 

Confira 12 destaques do tempo em 2017

 

 

 

 

 

 

Conteúdo em Vídeo

Notícias Recomendadas

+ mais notícias