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Por que a secura do ar afeta a saúde?

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Foto de Gleive Marcio Rodrigues, Palmas (TO)

6 min de leitura

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É comum ouvirmos comentários como “o ar está muito seco e minha sinusite atacou” ou “ com esse ar seco, a rinite piorou”. O que tem a ver a secura do ar com a sua saúde? O problema é que, quando o nível de umidade no ar fica muito baixo, sentimos desconforto porque a produção das mucosas das vias aéreas superiores (VAS, na forma abreviada) fica comprometida e isto é o início para o agravamento de vários problemas respiratórios.

 

Porta aberta para os vírus

As VAS são as fossas nasais, a faringe e a laringe e têm um papel importante na umidificação e aquecimento do ar que está sendo respirado. O corpo humano controla ativamente a umidade e a temperatura (até um certo limite), gastando mais energia para isso se necessário, dilatando vasos sanguíneos, por exemplo.

As mucosas destas áreas do corpo produzem mucos que atuam como uma barreira natural contra os corpos estranhos (e que não vemos) que ficam misturados ao ar que respiramos.  Mucosas são células em contínua produção e que vão morrendo assim que cumprem sua função de “barreira”. Os pelinhos das narinas, por exemplo, também ajudam a filtrar (barrar) a entrada de “estranhos”.

 

O problema é que quando a produção do muco das mucosas das VAS fica prejudicada, a nossa proteção natural contra agentes nocivos externos, químicos ou biológicos também diminui. As VAS ficam mais expostas a estes organismos estranhos.



Por que o ar seco é ruim para a saúde?

Quando a umidade no ar diminui muito, a produção de muco pelas mucosas diminui. Isto deixa o nosso corpo mais frágil, mais suscetível ao ataque dos agentes externos nocivos.

Vírus de gripe, bactérias que estão no ar, a fumaça liberada do escapamento dos veículos e por muitas indústrias, a poeira que fica em suspensão no ar, principalmente quando temos vários dias consecutivos sem chuva, são alguns destes agentes nocivos estranhos aos quais ficamos diariamente expostos.

 

 

Efeitos ruins do ar seco

 

 

As estações da secura

O ar que respiramos está longe se ser limpinho, mas fica mais sujo e “perigoso” quando temos uma sequência de dias sem chuva e com pouco vento, quando temos que passar muitas horas em locais fechados, com grande concentração de pessoas. Então, estamos quase sempre expostos a estes agentes nocivos.

As condições meteorológicas de ar seco e pouco vento são fatores que aumentam o risco de entrada de corpos estranhos no nosso organismos e é isto que ocorre em grande parte do outono e do inverno, que são as estações de pouca ou nenhuma chuva na maioria das áreas do Brasil.

 

A Organização Mundial da Saúde recomenda um nível mínimo de 60% de umidade relativa no ar para o conforto e saúde do ser humano. Passar uma semana eventualmente com níveis de umidade no ar muito abaixo deste valor não causa grandes danos à saúde. O problema é manter esta situação de ar seco por um longo período, por semanas seguidas.

Infelizmente é isto que ocorre especialmente no inverno em muitas áreas do Brasil. Níveis de umidade relativa do ar entre 20% e 40% ocorrem quase todos os dias do inverno na maioria das áreas do interior do Nordeste, no Tocantins, no sul do Pará, em todo o Centro-Oeste e em grande parte do interior da Região Sudeste.



O que fazer para aliviar os problemas da secura do ar?

A forma mais simples, rápida e barata de diminuir o risco de seu corpo ser “invadido” pelas “coisas estranhas” que estão no ar é manter a produção das mucosas das VAS em dia. A hidratação ajuda a manter a produção do muco nas mucosa, que significa manter a proteção natural das fossas nasais, da faringe e de laringe, que formam as VAS.

Beber água, molhar as narinas com frequência, e para quem tem algum problema respiratório crônico, fazer inalação regularmente são ações simples e poderosas para evitar que a proteção natural do nosso corpo fique fragilizada e vire uma porta aberta para entrada dos agentes nocivos que estão no ar.

A maior hidratação do corpo é a grande aliada para diminuir os problemas causados pela secura do ar.

 

 

Foto de Gleive Marcio Rodrigues, Palmas (TO)

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