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NASA revela primeira imagem do telescópio espacial James Webb

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A NASA revelou nesta segunda-feira (11/07) a primeira imagem de seu novo telescópio espacial, o poderoso James Webb, fornecendo um vislumbre inédito do início do universo.

 

Segundo a agência espacial americana, trata-se da "mais profunda e nítida imagem infravermelha do universo primitivo já capturada".

 

 

NASA, ESA, CSA, STScI, Webb ERO Production Team

 

A imagem, repleta de pontos de luz de vários tamanhos, mostra muitas estrelas, com galáxias massivas em primeiro plano e outras mais fracas e extremamente distantes. Parte delas foi formada logo após o Big Bang, há cerca de 13,7 bilhões de anos.

 

A divulgação foi acompanhada de um evento na Casa Branca com a participação do presidente Joe Biden. "É um dia histórico", declarou o democrata na cerimônia.

Nesta terça-feira, a NASA vai revelar mais quatro imagens que também resultaram dos olhares iniciais do telescópio espacial de 10 bilhões de dólares.

 

Elas incluem a visão de um planeta gasoso gigante fora do Sistema Solar, duas imagens de uma nebulosa onde as estrelas nascem e morrem em beleza espetacular, e a atualização de uma imagem clássica que mostra cinco galáxias fortemente agrupadas dançando umas em torno das outras.

 

"Vamos dar à humanidade uma nova visão do cosmos", declarou o administrador da NASA, Bill Nelson, no mês passado. "E é uma visão que nunca vimos antes."

 

O telescópio usa câmeras térmicas infravermelhas para capturar partes do espectro eletromagnético invisíveis a olho nu. O infravermelho permite que os astrônomos vejam através de nuvens de poeira que, de outra forma, bloqueariam a visão.

 

O primeiro satélite de comunicação da NASA foi lançado há 60 anos

 

O James Webb


O maior e mais poderoso telescópio espacial do mundo foi lançado ao espaço em dezembro de 2021 a partir da Guiana Francesa.

 

Em janeiro, ele atingiu seu ponto de observação a 1,6 milhão de quilômetros da Terra, quatro vezes mais longe que a Lua, de onde oferece uma visão inédita do universo.

 

Para se ter uma ideia, o Hubble, que era o maior telescópio em operação antes do Webb, está a 600 quilômetros da Terra desde 1990, entrando e saindo da sombra do planeta a cada 90 minutos.

 

A localização da órbita do James Webb é chamada de ponto Lagrange 2 e foi escolhida, em parte, porque mantém a Terra, o Sol e a Lua todos no mesmo lado de seu escudo solar.

 

Após atingir seu ponto de observação, o Webb começou então seu longo processo de alinhar os espelhos, deixar os detectores infravermelhos frios o suficiente para operar e calibrar os instrumentos científicos, todos protegidos por um guarda-sol do tamanho de uma quadra de tênis que mantém o telescópio em temperatura ideal.

 

O Webb é incomparável em tamanho e complexidade. Seu espelho mede 6,5 metros de diâmetro – três vezes o tamanho do espelho do Hubble – e é feito de 18 seções hexagonais.

 

Seu objetivo é dar aos cientistas e ao mundo um vislumbre dos primeiros dias do universo de 13,7 bilhões de anos, além de aumentar o zoom em objetos cósmicos mais próximos, até mesmo o Sistema Solar, com foco mais nítido. O Hubble, por exemplo, conseguiu voltar no tempo em 13,4 bilhões de anos.

 

O James Webb é resultado de uma colaboração entre a NASA, a Agência Espacial Europeia (ESA) e a Agência Espacial do Canadá (CSA). Logo Deutsche Welle Deutsche Welle

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